2008-04-28

Mickey

Mouse Lab / rato de laboratório:

Que faz experiências a ver se aprende,
e cada vez que faz experiências,
lá leva com o impulso do eléctrodo,
…para ver se aprende…!

2008-04-25

Alforreca


Paralisia enérgica,
Qual alforreca a pilhas!

Leguminosa do verde-mar,
Brilha e pisca a boiar,

Passam ondas, passam marés,
E passam marinheiros,
(Se bem que destes, menos…)
Mas daquela electricidade não sai luz,
Nem sequer para farol de barcos pequenos.

Mas que raio de ser este!
Viscoso como uma alga,
E branco como pus.

Quando chegar à praia, seca,
E em gelatina derretida,
Há-de esvair-se toda esta energia!

2008-04-15

Crochet-parte II

Mas que raio de gata me saíste tu, Frufru!


O novelo não é para mordiscar!

Puxa-lhe o fio!
Não vês que assim não se desenrola?!
Ficas assim pasmada a olhar para o novelo,
Não lhe dás sequer uma patada!...



Mas eu sei bem o que isso é!...

Tiveste a sorte de nunca teres precisado de aprender a caçar...
Pois, mas olha que nenhum rato vivo se deixaria assim morder!







parte II
e assim se tricota o destino
lãs em desalhinho ,
cabelos ao vento,
soprando suavemente,
aqui neste cantinho

2008-04-14

...é pena!

Era uma pena tão leve, tão leve....





....que voou!
Voou sobre folhas e papel,
escreveu sobre desenhos e pinturas,
sobre livros e jornais,
sempre a flutuar no étereo
e no abstracto das palavras que escrevia.
Voou, voou , voou sem parar
até que finalmente encontrou um tinteiro
onde repousar...!

2008-04-11

Janela indiscreta

Maluda ©
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maluda


Quis despir-me…
A cada esquina que virava, era uma peça de roupa que ia deixando cair ao chão, libertando-me a pele.
Sempre sem nunca parar, tinha hora para chegar.
Pelo caminho ia observando o meu progresso através do espelho das coisas com que me cruzava. Como se percorresse um caleidoscópio gigante com objectos e seres que me rodeavam, sem eu nada decidir quanto a isso, e influenciando o meu pensamento a cada encontro:

Uma menina de feições familiares reflectia-me líricas estórias de paixão platónica;

Já um enorme mostruário frigorífico contava-me de que tipo de matéria eu, pertença do animal, sou feito, carne, vísceras, sangue e ossos;

Um casal de idosos com uma recíproca atenção um para o outro trazia-me ao espírito um exemplo claro de persistência no afecto e uma longa (e quase terminada) narrativa a duas vozes;
Agora, aproximando-me de casa, a mudez da janela escura e de persiana semi-cerrada, da distante e solitária senhora que ali vive, lembra-me como é difícil, mesmo no silêncio, ou se calhar por causa dele, dar voz aos sentimentos.

2008-04-09

E ... mai nada (de elefantes) ! ! !


Mesmo que de outro modo o considere é sempre este o caminho mais alegre:
Começo por aquilo que quero e só depois chego ao que sou capaz.

Ida e volta


Um dia, atrás de outro dia vem.

E tu a que vens?

E o dia chegará em que partes.

Nesse dia, não te tendo ao pé para responder, pergunto-me:

A que vais?

Mudanças


Há alturas em que tanto precisas de olhar para o que não está bem e terás de tentar mudar na tua vida que o mais fácil parece ser apontar o dedo à tua volta a ver se não muda antes o mundo por ti.

E olhando, o mundo parece-me mesmo mais pequeno que eu, ou não será ...?

2008-04-06

Distâncias

Bolas, que de Lisboa a Trafaria vê-se só ao longe! É da outra banda!

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