2008-04-25

Alforreca


Paralisia enérgica,
Qual alforreca a pilhas!

Leguminosa do verde-mar,
Brilha e pisca a boiar,

Passam ondas, passam marés,
E passam marinheiros,
(Se bem que destes, menos…)
Mas daquela electricidade não sai luz,
Nem sequer para farol de barcos pequenos.

Mas que raio de ser este!
Viscoso como uma alga,
E branco como pus.

Quando chegar à praia, seca,
E em gelatina derretida,
Há-de esvair-se toda esta energia!

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