2008-02-12

Para uma metafísica da justiça ou abstracção digitada em teclado

Julgar, não é fácil:
Se te pusesses no lugar do outro farias como ele? ...
...Ou conseguirias não o fazer? ...
...Ou ainda, serias capaz de fazer o mesmo?
Farias diferente, muito provavelmente. Melhor ou pior?...
São questões que não te interessam, não me interessam e, se calhar, não interessam mesmo.
Mas são percepetíveis no dia a dia. Podem até não o ser por todos, mas sempre por alguns. Frequentemente não ocuparão muito o pensamento deste grupo mais reduzido, mas, às vezes, sabemos bem que este pensamento pode durar, e durar mais tempo, até se ir transformando em remorso, arrependimento ou angústia da culpa.
Para se estar em condições de julgar é bom conhecer, participar, mas para o exercício do julgamento já para isso se exige uma justa medida. Essa justa medida é o resultado de um juízo quem julga deve fazer, antes de mais, a si próprio. Esta introspecção apenas é uma forma de autoconsciência mas que, reflectindo a sua identidade, concretiza a responsabilidade do juiz no acto do julgamento.
No momento seguinte é tempo de atravessar, a por todos nós bem conhecida, e em domínios mais vastos que o acto de julgar, a fronteira solitária e irreversível, vulgarmente conhecida por decisão.

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